MONTALEGRE

- A propósito da entrada em vigor, ontem, pelas 00.00h, da lei que obriga os condutores à utilização de colectes reflectores - No nosso país, as tendências meteorológicas, apontam para uma das maiores secas de que há memória, o que, por si só, em associação com os incêndios, vai contribuir para colorir Portugal de tons cinza-acastanhados. Procurando contrariar esta situação, foi criado um movimento cívico, auto-denominado "MCV - Movimento dos Coletes Verdes" , que conta já com milhares de apoiantes, cujo objectivo é devolver ao país o seu verde original. Um verde que ostenta uma particularidade: é florescente, para que também à noite se torne visível. Quais exemplares de cidadãos preocupados, filhos desta ilustre Lusitânia, civicamente bem formados, cumprindo escrupulosamente as indicações de um estado atento, também ele preocupado com a segurança e bem-estar dos seus cidadãos. "À mulher de César não basta sê-lo, há que parecê-lo" e logo, o portuguesito aproveita

"Vila Real - Câmara recolhe jornal para trocar foto do presidente Ascenso Simões, secretário de Estado da Administração Interna, exigiu, na semana passada, que fosse retirada das bancas uma edição completa do "Jornal de Notícias de Vila Real", conforme noticiou o JN, por não ter lido previamente uma entrevista de três páginas que tinha concedido, conforme estava acordado. Agora foi a vez do presidente da autarquia, Manuel Martins, mandar recolher à gráfica um jornal alusivo ao II Circuito de Motos, "porque não gostou de ver uma fotografia sua, em que se apresentava sem gravata", noticiou, ontem, o "Público".De acordo com aquele diário, Hermano Machado, adjunto do social-democrata Manuel Martins, inicialmente, informou a gráfica que a autarquia suportaria os custos da reimpressão. Mais tarde garantiu ao jornal que "ele próprio" pagaria a factura. - Foto estava horrível - Ao todo terão sido reimpressos 500 jornais - os restantes, entre um tota

Palavras que ficam gravadas nas pedras do tempo, pedras que vão, mas, as palavras, essas ficam! Hoje, deixo aqui uma pequena ideia, detentora de um intenso significado:

O Castelo de Montalegre irá ser, mais uma vez, o palco da II Edição do CELTIROCK - Festival Internacional de Música Celta, organizado pela InvenSons - A. C. R. Montalegre e pela Barrosana, E. M.. O cartaz será tornado público brevemente, adiantando-se para já as confirmações dos BELTANE (Portugal), OS CEMPÉS (Galiza), BABIECA (Madrid), ABRAXAS (Castela e Leão) e SKANDA (Astúrias). Em simultâneo, irá decorrer a I Feira Celta, compartilhando o mesmo espaço, acabando os dois eventos por se valorizarem e complementarizarem. Valerá, certamente, a pena visitar Montalegre neste fim-de-semana. Mais informações na página do festival .

Apenas um poema do vasto espólio poético deixado pelo grande poeta e tradutor Eugénio de Andrade (1923-2005): "Adeus Já gastámos as palavras pela rua, meu amor, e o que nos ficou não chega para afastar o frio de quatro paredes. Gastámos tudo menos o silêncio. Gastámos os olhos com o sal das lágrimas, gastámos as mãos à força de as apertarmos, gastámos o relógio e as pedras das esquinas em esperas inúteis. Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada. Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro; era como se todas as coisas fossem minhas: quanto mais te dava mais tinha para te dar. Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes. E eu acreditava. Acreditava, porque ao teu lado todas as coisas eram possíveis. Mas isso era no tempo dos segredos, era no tempo em que o teu corpo era um aquário, era no tempo em que os meus olhos eram realmente peixes verdes. Hoje são apenas os meus olhos. É pouco mas é verdade, uns olhos como todos os outros. Já gastámos as palavras. Quando a

Álvaro Cunhal, o "Político", sucedeu na liderança do PCP a Bento Gonçalves, este último, natural de Fiães do Rio, concelho de Montalegre . Como "Escritor" assume um nome diferente do homem "Político", um nome que esteve na clandestinidade até ao ano de 1995: Manuel Tiago. Entre outros, escreveu: «Até Amanhã Camaradas!», 1975. adaptado por Luís Filipe Rocha, ao cinema (género fantástico), em 2003. «5 Dias e 5 Noites», também de 1975, adaptado por José Fonseca e Costa, ao cinema (género drama), em 1996. Parte deste telefilme foi rodado em Trás-os-Montes, na aldeia de Rebordelo, freguesia de Morgade, concelho de Montalegre. Cunhal foi um homem que viveu para o partido comunista, com uma rigidez de princípios inabalável. Nos seus livros, ele questiona-se quase sempre «para que serve o partido? (?) o partido não é um fim em si. Se as organizações existem e desconhecem os problemas vivos dos trabalhadores, se estão afastadas das massas, se não as esclarecem