Avançar para o conteúdo principal

Radão em Vila Real! Eureka!

Foto: C. M. Vila Real

Excesso de radioactividade natural no centro histórico - Conclusão saiu de uma tese de mestrado apresentada na UTAD.

Tal evidência merece algumas considerações:

A primeira tem a ver com o facto de, as universidades necessitarem de se auto-financiar, devido aos cortes orçamentais promovidos pelos sucessivos governos. Logo, para colmatarem a asfixia daí decorrente, recorrem, cada vez mais, à criação de novos cursos de Mestrado e Doutoramento por mais insignificantes que eles sejam. E, portanto, fazem-se teses de Mestrado e Doutoramento sobre tudo e mais alguma coisa – desde “um estudo comparativo de sabores do whisky” até ao “fenómeno de passar o dia inteiro deitado na cama”. Escusado será dizer que, muitas dessas conclusões, pouco ou nada acrescentam ao que já existe e fomentam a não-criação de mais-valias para a sociedade, ficando condenadas ao pó das prateleiras universitárias. É o caso do estudo supra-referido. Não queremos com isto dizer que seja inútil, pois vale alguma coisa, nem que mais não seja como um despertar de consciências, sociais e sobretudo políticas, para o problema. Mas fica por aí. Limita-se a identificá-lo e a dar algumas soluções “banais” para a sua minimização, como sejam: a construção de caixas-de-ar e o arejamento das habitações.

Por outro lado, o problema da radioactividade do radão já é conhecido e estudado há mais de um século, tal como as zonas mais expostas se encontram perfeitamente identificadas. Por isso, não entendemos, a estupefacção do título da notícia.

Os distritos mais afectados são Braga, Vila Real, Porto, Guarda, Viseu e Castelo Branco e, o motivo, deve-se à implantação das construções em solos graníticos. Para além disso, os elementos construtivos à base dessa mesma rocha, utilizados nas construções, também contribuem para o aumento das concentrações de radão, dentro dessas mesmas habitações.

Este gás é incolor, insípido e inodoro e pensa-se que, depois do fumo do tabaco, seja o maior responsável pelo cancro do pulmão.

P.S.: Estando o concelho de Montalegre implantado, na sua quase totalidade, em solos graníticos e sendo as suas construções, predominantemente, graníticas, deve existir alguma preocupação relativamente a este problema. Sem alarmismos, todavia.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Sobre a governação do concelho... e a (re)(re)(re)candidatura

Pessoalmente, considero que estão reunidos todos os motivos para podermos considerar o candidato do PS um mau candidato. É óbvio que esta opinião tem base de sustentação porque é perfeitamente perceptível o seu desempenho, tantos são os anos de governação. Primeiro: não se vislumbra, nem com muito esforço, qualquer estratégia governativa ou de desenvolvimento. Para onde quer levar o concelho? Quais são os aspectos estruturantes de desenvolvimento sustentável e sustentado? Se existem, não consigo percebê-los, estarão escondidos em qualquer estratagema, como tantos outros... Poderão, os menos atentos, referir o turismo ou o nome de Montalegre. Pois! Certo é que o nome da região é bastante mais conhecido, não menos certo que há muitas pessoas que visitam o concelho... Mas quais são as consequências mais amplas que estes fluxos efectivamente têm no desenvolvimento? E o que de verdadeiro poderemos oferecer-lhes além da beleza natural? Segundo: algumas da bandeiras de governação não passam

Origem do nome "Montalegre" - A Lenda

"Conta-se que o rei, para castigar o comportamento condenável de um fidalgo, não arranjou melhor castigo (ou mais severo), do que desterrá-lo para Montalegre (que teria outro nome), por largo período de tempo. Cumprida a pena, mandou o desterrado aparelhar o cavalo para partir. Quando o criado lho apresentou para que montasse, o fidalgo mete o pé no estribo e diz para quem foi apresentar despedidas: “ Monto, e monto alegre ”. Isto, diz a lenda e terá sido a origem do actual nome da vila - Montalegre ”. PR: wait... I: wait... L: wait... LD: wait... I: wait... wait... Rank: wait... Traffic: wait... Price: wait... CY: wait... I: wait... YCat: wait... I: wait... Top: wait... I: wait... L: wait... C: wait...

Lendas de Montalegre e Barroso

Lenda da Ponte da Misarela "Legado exuberante do imaginário popular, construído de estórias e memórias de origem obscura, narradas e acrescentadas ao longo de anos e séculos, e fortemente ligado a crenças religiosas, com seus temores, terrores, profissões de fé e ânsias de protecção divina, as lendas constituem um vasto e fascinante espólio cultural do nosso país. O Norte português é especialmente rico no que ao lendário respeita, numa sarabanda fantasmática de espectros e almas penadas, duendes e princesas cativas, lobisomens e potes de ouro escondidos. No Barroso, muitas são as lendas passadas de geração em geração, mas a mais notória de todas será a da Ponte da Misarela, em que, como em tantos outros casos acontece, o protagonista é o diabo. O próprio, em pessoa. Localizado na aldeia de Sidrós, na freguesia de Ferral, concelho de Montalegre o cenário do episódio é a velha Ponte da Misarela, sobre o Rabagão, cujas margens penhascosas surgem belas a uns e horríveis a outros, co