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Rescaldo da Feira do Fumeiro 2007

Às mil maravilhas...

Óptimos produtos, muita gente, muito negócio... É o caminho da continuidade e do sucesso que se quer para o evento-rei do concelho. cumpriu-se o calendário, as actividade decorreram segundo o que se esperava e os sobressaltos que chegaram a prever-se não se verificaram. Apareceram, apenas, os senhores do Fisco... Já o tinham feito no Celtirock, cuja dimensão não tem qualquer comparação possível em termos de movimentação de dinheiro... Digo isto como se houvesse movimentação significativa de dinheiros no festival...
Voltando à feira. A legalização dos produtores, em termos fiscais e de regras de produção, é um percurso inevitável para se manter um projecto sustentável numa região que tem neste tipo de "indústria" um valor acrescentado. Mas perder-se-á, também. Não será a mesma coisa! Pese embora o conjunto de exigências previstas, os produtos não serão os mesmos. Certo é que, como em outras ocasiões referi, a Feira do Fumeiro, objectivamente, não "serve" as pessoas do concelho, que têm directa ou indirectamente acesso a produtos de qualidade, na maioria dos casos, superior. E, quando refiro a qualidade, não estou a analisar os critérios de higiene ou outros, tidos em conta em termos comerciais... Refiro-me "aos sabores", ao cheiro de vida e de monte que exala uma chouriça tirada do lareiro, cheia de cinza, que é preciso limpar com um pano, que já passou por não sei quantas mãos, antes de botar para o lume ou cortar com uma faca limpa no mesmo pano.

Sei perfeitamente que estou a misturar os assuntos. Ou falamos da feira ou das tradições. Pode fazer-se da feira um comércio de quase tradições, só assim se pode manter o evento.

O Semanário Transmontano trata o assunto da Feira do Fumeiro... A Margarida Luzio ouviu o senhor Presidente da Câmara e registou algumas conclusões.

Entretanto, estou desejoso de ver se sobrou qualquer coisita lá por casa... A merenda de sábado terá com certeza presente uma chouricita e um bocado de pão... E não vou pensar em como mataram o reco ou como foi feita a dita... Depois dou notícias.

Comentários

  1. Eu não sou vendedor de fumeiros, por isso posso falar da fiscalização!
    Eu não achava mal que se isentassem os fumeiros do barroso de impostos! Há que defender e incentivar as poucas coisas tradicionais e boas que ainda temos. É um negócio que só se faz durante uns dias no inverno, bastava uma taxa pequena para cada barraquinha.
    Não concordo nada com essa coisa de matar os porcos no matadouro, bastava o veterinário passar uma semana antes para ver os porcos, porque não dá para ter um veterinário em cada matança! Se continuam com mariquices, qualquer dia querem obrigar-nos a meter químicos conservantes, anti-oxidantes, e outras tretas, nos fumeiros! Se vamos a ouvir os da cidade e os da CEE... Se não gostam, que vão ao McDonalds! No máximo, que obriguem a por nas feiras um letreiro do tipo: AVISO, o fumeiro à venda é feito de porco morto em casa de lavradores e não em matadouros, as tripas são lavadas em rios ou pias de limpeza duvidosa, e as facas utilizadas na feitura foram lavadas sabe lá Deus como. O consumo destes produtos é da sua responsabilidade. Não aconselhavel a pessoas enojáveis.
    Qualquer coisa do tipo "FUMAR MATA", do tabaco, em versão mais suave, e que nos deixem em paz a apanhar o sangue do reco a escorrer pelos pelos ainda cheios da merda da corte, mas que dá um sarrabulho de malhão!

    Bons posts, estou a gostar!

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