MONTALEGRE

... e das petições que circulam, veja-se ainda o artigo publicado hoje no Semanário Transmontano ... Prescindimos de qualquer comentário acerca do conteúdo do artigo, que remete para assuntos da maior relevância e de importância inquestionável, mas importa reflectir sobre o verbo "prescindir" e sobre o alcance das opções assumidas.

Não vale a pena dizer muito... Será, com toda a certeza, um enorme encontro cultural num lugar belíssimo e onde se respira saber, criação e espírito. É um evento a não perder. Iniciativas como esta precisam-se em quase todo o país. Digo em quase todo país porque há regiões onde parecem ser desnecessárias. Este encontro anual é já um marco cultural na região. Como referi, a não perder já no próximo fim-de-semana. O programa está disponível no blogue INCOMUNIDADE .

... e do outro. As palavras. As que pensamos, as que dizemos, as que escrevemos, as que não devíamos usar em momento algum e as que não devíamos evitar de nenhuma forma. Somos a palavra. Silenciosa. Mas tão inútil quanto preciosa.

A Festa da Senhora de Galegos (Cortiço) é uma daquelas romarias em que se respira tradição. Nada sei da sua história... Apenas poderei dizer que o lugar, pela presença de sepulturas antropomórficas, terá sido, desde tempos muito remotos, lugar de culto. Porém, não é na história do lugar ou do culto que centro estas breves palavras. É na gente e no ambiente que lá se vive. A alguns quilómetros da aldeia, por um caminho em terra batida, entre carvalhos e castanheiros, chega-se à pequena capela. Rodeia-a um murito em granito. Existem ainda duas construções graníticas que servem de apoio às festividades. Mas a festa, depois do culto religioso, espalha-se pelo pequeno outeiro, protegido por carvalhos que lhe dão uma beleza extraordinária. As pessoas, reunidas em grupos de familiares e amigos, comem e bebem sorridentes, sobre mesas portáteis ou liteiros e toalhas espalhados pela erva. O espírito barrosão transborda dos copos, sobra nos pratos e nas travessas, corre nos olhares felizes da f