É tudo "à borla"! E assim se criam hábitos.
É a borla na utilização dos serviços públicos disponibilizados pelo Município, nomeadamente, as Piscinas Municipais e o Espaço Internet (estes serviços, embora com taxa mínima, devem ser cobrados, porque têm grandes gastos de manutenção suportados totalmente pelo Município). Noutros locais, paga-se.
É a borla nos almoços oferecidos na Feira da Vitela e do Cabrito, ou, na vinda de um qualquer Ministro.
É a borla nos arraiais pimba que "tantas delícias auditivas e visuais trazem a quem cá mora".
Quando assim é, meus caros, muita coisa terá que ser repensada, redireccionada e mudada!
Hoje, em Montalegre, há uma realidade que não pode ser ignorada. Chama-se Multiusos. É um espaço que serve para realizar eventos para todos os gostos e dimensões. Esta realidade, quando funcionar em pleno, terá elevados gastos de manutenção, que, para além da grande fatia ter que ser suportada pelo Município, como será de prever, uma boa parte dos restantes custos deverá ser suportada pelos utilizadores dos vários espaços, através do pagamento de taxas de utilização ou da cobrança de bilhetes, para ajudar a pagar os espectáculos. É o princípio do utilizador-pagador que deverá vigorar.
Avizinham-se tempos difíceis na gestão de mentalidades. Em último caso, se se verificar o que aconteceu com o Festival Celtirock (95% dos presentes não eram do concelho de Montalegre), que as actividades sirvam, pelo menos, para atrair turistas à terra, pelos menos esses valorizam o que cá se faz, ao ponto de fazerem 500 Kms e mais, para assistirem e participarem nos eventos. É lamentável que a grande maioria dos habitantes de Montalegre não tenha sequer a percepção do reconhecimento que esta terra tem no exterior, ao nível da realização de actividades. Se a tivessem, provavelmente, olhariam para elas de outra perspectiva, pois, a caminhar-se no sentido que se tem caminhado, não tardará que, tudo que se construiu ao longo dos últimos tempos, desapareça num ápice, por um baixar de braços das pessoas que a elas se dedicam ou porque outras alternativas se vislumbram no horizonte.
É a borla na utilização dos serviços públicos disponibilizados pelo Município, nomeadamente, as Piscinas Municipais e o Espaço Internet (estes serviços, embora com taxa mínima, devem ser cobrados, porque têm grandes gastos de manutenção suportados totalmente pelo Município). Noutros locais, paga-se.
É a borla nos almoços oferecidos na Feira da Vitela e do Cabrito, ou, na vinda de um qualquer Ministro.
É a borla nos arraiais pimba que "tantas delícias auditivas e visuais trazem a quem cá mora".
Quando assim é, meus caros, muita coisa terá que ser repensada, redireccionada e mudada!
Hoje, em Montalegre, há uma realidade que não pode ser ignorada. Chama-se Multiusos. É um espaço que serve para realizar eventos para todos os gostos e dimensões. Esta realidade, quando funcionar em pleno, terá elevados gastos de manutenção, que, para além da grande fatia ter que ser suportada pelo Município, como será de prever, uma boa parte dos restantes custos deverá ser suportada pelos utilizadores dos vários espaços, através do pagamento de taxas de utilização ou da cobrança de bilhetes, para ajudar a pagar os espectáculos. É o princípio do utilizador-pagador que deverá vigorar.
Avizinham-se tempos difíceis na gestão de mentalidades. Em último caso, se se verificar o que aconteceu com o Festival Celtirock (95% dos presentes não eram do concelho de Montalegre), que as actividades sirvam, pelo menos, para atrair turistas à terra, pelos menos esses valorizam o que cá se faz, ao ponto de fazerem 500 Kms e mais, para assistirem e participarem nos eventos. É lamentável que a grande maioria dos habitantes de Montalegre não tenha sequer a percepção do reconhecimento que esta terra tem no exterior, ao nível da realização de actividades. Se a tivessem, provavelmente, olhariam para elas de outra perspectiva, pois, a caminhar-se no sentido que se tem caminhado, não tardará que, tudo que se construiu ao longo dos últimos tempos, desapareça num ápice, por um baixar de braços das pessoas que a elas se dedicam ou porque outras alternativas se vislumbram no horizonte.
Boas amigo Vitor. Lamento imenso no fim-de-semana não ter podido estar presente no festival. Decerto não foi por mim que deixou de ter o sucesso que lhe é já reconhecido. Até porque o "Celtirock" parece ter vindo a superar de ano para ano os anteriores.
ResponderEliminarCaro amigo confesso que fiquei surpreendido quando li no teu "post" que o princípio do utilizador-pagador deverá vigorar. É que esta tese é de "direita".
Concordo plenamente.
É preciso não confundir direito de cidadania e livre acesso à cultura em que cada cidadão toma parte como membro de uma comunidade e em que os municípios ou o herário público toma a responsabilidade do investimento de um todo para cada um, com feiras festarolas e "borlas" em que elites e grupos previligiados restritos tomam mais do que a sua parte e a usam em desregrada festança sem consciência, dó ou piedade. Talvez muitos excessos pudessem colmatar falhas orçamentais que são tão importantes.
Enfim. Abraço
... tens razão muitas vezes "não se dá valor, ao que de valor se tem"...
ResponderEliminar470Km na minha conta e o meu muito obrigado.
ResponderEliminarParabéns Vitor e abraço para estes 4 fantasticos blogueiros.
Luís Colmonero
visitem o blog da Associação dos Produtores da Terra Fria Barrosã em:
ResponderEliminarwww.fumeirodebarroso.blogs.sapo.pt
Parabéns pela existência deste espaço de liberdade na blogobarrosânia". Cumprimento os seus mentores. ASA
ResponderEliminarA seguir ao anonimato(!), vem a devida identificação. É que ainda não estou habituado à "casa"... Aproveito para dizer que isso de "borlas" no multiusos será sol de pouca dura...
ResponderEliminarTal como o défice das finanças públicas, a rentabilização de um espaço que dignifique o Município de Montalegre e seja auto-sustentado, será necessária a curto prazo e que, certamente, irá ser assumido pelos responsáveis autárquicos(!). Penso que a sua privatização não se coloca e teria pouco sentido, se atendermos às realidades da economia de Barroso. O cooperativismo em Montalegre também não tem sido bem sucedido, a avaliar pela situação na agricultura, mas haverá que fazer uma investida por aí e ver qual o resultado da triangulação Agricultura/Património/Restauração, associando-o à Cultura. Haverá gente para assumir isso? Resta, por enquanto, saber qual o formato da "entidade gestora" que a Câmara Municipal irá propôr, a qual deveria enquadrar actividades económicas que possam erguer a tal "indústria do turismo" em Terras e Barroso.O panorama nacional nesta matéria, infelizmente, não nos deixa ser nada optimistas e depois nem se sabe bem qual o enquadramento institucional de Barroso, por ausência de uma vasta região de Turismo que absorva o potencial de eventuais projectos de desenvolvimento. A Galiza e o território português que vai até ao Mondego, passando pelo Douro vinhateiro, surge como algo de interessante. Vamos lá ver como será. - António Sousa Alves Currais - 17 Agosto.2006
Amigo Vítor.
ResponderEliminarSó lamento no teu post o facto de colocares debaixo da mesma apreciação realidades que são heterogéneas. E não se trata de as separar em função de um matiz ideológico, embora também nela se fundamentem algumas opções. Quando misturamos tudo dentro do mesmo, o demónio da classificação levanta o rabo e inquina os argumentos que postamos para sutentar o que pensamos. Colocar piscinas, multiusos, espaço internet e jantaradas no mesmo saco pode significar o desprimor de umas actividades ou serviços ou, ao invés, trazer para a ribalta da 'importância' aquilo que é muito relativo. Porque aplicar a lógica do utilizador pagador nos espetáculos é uma boa medida de racionalidade económica; mas já não será aplicar, por exemplo, penso, ao espaço internet e às piscinas a mesma medida de racionalidade económica. Matiz ideológico, certamente, e não por defender o princípio do utilizador pagador, mas, isso sim, por defender que esse sistema só funciona com justiça nas utopias com que uma certa direita contrapõe às utopias de uma ceta esquerda. Fujamos dessas dicotomias e percebamos que o acesso à informação e as tarefas ingentes de 'alfabetização' na área das NTI é deveras importantes para que ofereça esse subterfúgio do preço à sua não disseminação. E também concordas que os alunos do ensino básico paguem, via pais, o acessoa às piscinas? É que a planura de um único conceito ou pensamento geralmente cega.
Podes acusar-me de excesso de clareza, preconceito da precisão expressiva, mas dou a conhecer com a clareza que posso aquilo que penso, para que outros, querendo, possam discordar.
E Viva a discordãncia, não é?