O JN, informa com base em estatísticas do INE, que o saldo das trocas comerciais entre o Norte de Portugal e a Galiza tiveram, em 2004, e pela primeira vez desde há dez anos, um saldo favorável à região portuguesa.
Por outro lado, o estudo indica um aumento gradual das trocas comerciais entre as duas regiões e refere ainda que os produtos agrícolas estão entre os que mais peso têm nas referidas trocas.
É frequente encontrarmos, aqui e ali, quer em jornais ou blogs, quer em conversas de café, opiniões sobre qual a melhor via para o desencravamento económico do concelho de Montalegre.
No cenário mainstream barrosão, as opiniões dividem-se: ligação a Braga - dizem uns; a Chaves por Vilar de Perdizes ou por Boticas; ao Minho, por Salto e Cabeceiras ou pelo PNPG - dizem outros. Da nossa parte continuaremos a apostar na ligação à Galiza como a grande alavanca para o desenvolvimento sócio-económico do concelho.
Qualquer uma das soluções apresentadas, a ter que avançar, não será obra, nem vontade, de um só homem. Urge que haja conjugação de esforços e envolvimento sério e interventivo não só dos poderes políticos, mas também da sociedade civil, a nível individual e colectivo. Acima de tudo decida-se, planifique-se devidamente e avance-se. Estaremos cá para apoiar se as medidas nos parecerem boas. Mas faça-se alguma coisa, porque os custos desta interioridade começam a ser asfixiantes.
Uma das possibilidades mais discutida tem sido a ligação a Braga pela EN 103, todavia, a reivindicação transmontana ficou enfraquecida depois da construção da A24, ou seja, Chaves e Boticas, que sairiam, eventualmente, beneficiados, abandonarão a luta, pois para eles, o problema da interioridade, não tendo ficado resolvido, ficou, pelo menos, minimizado.
Por outro lado, o estudo indica um aumento gradual das trocas comerciais entre as duas regiões e refere ainda que os produtos agrícolas estão entre os que mais peso têm nas referidas trocas.
É frequente encontrarmos, aqui e ali, quer em jornais ou blogs, quer em conversas de café, opiniões sobre qual a melhor via para o desencravamento económico do concelho de Montalegre.
No cenário mainstream barrosão, as opiniões dividem-se: ligação a Braga - dizem uns; a Chaves por Vilar de Perdizes ou por Boticas; ao Minho, por Salto e Cabeceiras ou pelo PNPG - dizem outros. Da nossa parte continuaremos a apostar na ligação à Galiza como a grande alavanca para o desenvolvimento sócio-económico do concelho.
Qualquer uma das soluções apresentadas, a ter que avançar, não será obra, nem vontade, de um só homem. Urge que haja conjugação de esforços e envolvimento sério e interventivo não só dos poderes políticos, mas também da sociedade civil, a nível individual e colectivo. Acima de tudo decida-se, planifique-se devidamente e avance-se. Estaremos cá para apoiar se as medidas nos parecerem boas. Mas faça-se alguma coisa, porque os custos desta interioridade começam a ser asfixiantes.
Uma das possibilidades mais discutida tem sido a ligação a Braga pela EN 103, todavia, a reivindicação transmontana ficou enfraquecida depois da construção da A24, ou seja, Chaves e Boticas, que sairiam, eventualmente, beneficiados, abandonarão a luta, pois para eles, o problema da interioridade, não tendo ficado resolvido, ficou, pelo menos, minimizado.
Da parte do Minho também não se vê grande força ou vontade para mudar as coisas porque as suas necessidades parecem satisfeitas.
Não raras vezes, cada capelão defende a sua capela, ao invés de se encontrar uma alternativa capaz de aglutinar, na sua globalidade, o interesse comum. Não se fique pela eterna reivindicação da solução mais cara, mais longa e menos viável. Também aqui tem de haver algum realismo.
Temos o novo Quadro Comunitário à porta, aproveite-se o Interreg, numa iniciativa conjunta do Município de Montalegre e dos Municípios galegos vizinhos para que se encontre uma solução transfronteiriça que seja do interesse e sirva a todos.
Veja-se o exemplo de Valença, Chaves e Miranda do Douro. Qual o caminho que seguiram para desenvolverem a sua actividade comercial? Chaves criou, por exemplo, grandes armazéns de venda a retalho, junto às vias de comunicação com Verin. Hoje, com a A24 e com todas as valências colaterais previstas: Casino; Parque Empresarial; Plataforma Logística; Parque de Actividades e Mercado Abastecedor, aquela cidade está a dar um passo de gigante. Miranda e Valença, porque são meios mais pequenos, e por isso o impacto vizinho é mais notório, redireccionaram o seu comércio no sentido de responderem à crescente procura que ocorria do outro lado da fronteira, a tal ponto da maior parte dos produtos transaccionados terem como destino Espanha, ganhando assim a aposta que fizeram.
Não raras vezes, cada capelão defende a sua capela, ao invés de se encontrar uma alternativa capaz de aglutinar, na sua globalidade, o interesse comum. Não se fique pela eterna reivindicação da solução mais cara, mais longa e menos viável. Também aqui tem de haver algum realismo.
Temos o novo Quadro Comunitário à porta, aproveite-se o Interreg, numa iniciativa conjunta do Município de Montalegre e dos Municípios galegos vizinhos para que se encontre uma solução transfronteiriça que seja do interesse e sirva a todos.
Veja-se o exemplo de Valença, Chaves e Miranda do Douro. Qual o caminho que seguiram para desenvolverem a sua actividade comercial? Chaves criou, por exemplo, grandes armazéns de venda a retalho, junto às vias de comunicação com Verin. Hoje, com a A24 e com todas as valências colaterais previstas: Casino; Parque Empresarial; Plataforma Logística; Parque de Actividades e Mercado Abastecedor, aquela cidade está a dar um passo de gigante. Miranda e Valença, porque são meios mais pequenos, e por isso o impacto vizinho é mais notório, redireccionaram o seu comércio no sentido de responderem à crescente procura que ocorria do outro lado da fronteira, a tal ponto da maior parte dos produtos transaccionados terem como destino Espanha, ganhando assim a aposta que fizeram.
E nós, ao nível das trocas comerciais e do desenvolvimento sócio-económico, para onde caminhamos? Qual o rumo e a estratégia para o atingir, quando continuamos a ter um concelho demasiado rural e fortemente dependente da subsidiarização e da produção de subsistência, oriunda do sector primário? Sem um rumo, continuaremos à deriva como até aqui, à espera que o amanhã, não seja pior que hoje.
Sem um rumo. Mas para definir um rumo, é preciso acreditar, ainda que possa não ser o rumo certo.
ResponderEliminarE quem detém a enorme responsabilidade de definir esse rumo, estará certo de que o quer definir?
Se está, não o tem manifestado publicamente. E se o não manifesta publicamente, para nós, simples cidadãos, essa certeza não existe, e não existe também a certeza de que a região (Barroso) vai no caminho certo.
Porque essa manifestação tem que ser assumida por todas as chamadas "figuras de destaque" e não só pela autarquia maior: associações de agricultores (onde andam as Cooperativas?) Juntas de Freguesia (afinal o que são e para que servem?), associações culturais e recreativas (há tantas em Barroso e nenhuma a funcionar).
Por cá, afinal, só o comércio vai florescendo, em especial a restauração e a hotelaria, mas à custa daquilo que outros fazem, que eles não "bolem" uma palha para o seu próprio interesse.
Afinal, dentro de 10 anos, o que haverá aqui para trocar com os galegos? - casas velhas (caríssimas que ninguém vai querer comprar) e caminhos cheios de ervas e silvas por onde ninguém vai querer passar...
Se assim vamos... e assim vamos indo.
Janeiro
Disse hoje o Sr. Presidente da República: Que há muitos autarcas a fazer "obras de fachada".
ResponderEliminarUma pessoa que só veio uma vez a Montalegre e que tão bem conhece isto.