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O dia da morte de Manuel Tiago


Álvaro Cunhal, o "Político", sucedeu na liderança do PCP a Bento Gonçalves, este último, natural de Fiães do Rio, concelho de Montalegre.

Como
"Escritor" assume um nome diferente do homem "Político",
um nome que esteve na clandestinidade até ao ano de 1995: Manuel Tiago.

Entre outros, escreveu:
«Até Amanhã Camaradas!»,
1975. adaptado por Luís Filipe Rocha, ao cinema (género fantástico), em 2003.
«5 Dias e 5 Noites»,
também de 1975, adaptado por José Fonseca e Costa, ao cinema (género drama), em 1996. Parte deste telefilme foi rodado em Trás-os-Montes, na aldeia de Rebordelo, freguesia de Morgade, concelho de Montalegre.

Cunhal foi um homem que viveu para o partido comunista, com uma rigidez de princípios inabalável. Nos seus livros, ele questiona-se quase sempre
«para que serve o partido? (?) o partido não é um fim em si. Se as organizações existem e desconhecem os problemas vivos dos trabalhadores, se estão afastadas das massas, se não as esclarecem e orientam, se não sabem encontrar as formas de organizar e conduzir a luta, para que serve de facto?» perguntava ele.Mas o retrato crítico, acusador, da sociedade e da política portuguesa dos «anos da mordaça» levam Manuel Tiago a desenvolver uma narrativa praticamente cinéfila dos acontecimentos como na descrição que o autor faz da GNR em «Até Amanhã Camaradas!»: «Botifarras negras solidamente assentes no chão, capacetes enfronhados sobre os olhos, correame e cartucheiras cingidas, armas na mão, aparentavam força, determinação e brutalidade».

Um "até amanhã" sentido, pela sua determinação, na luta ideológica, pela abolição do antigo regime.

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