"Os livros não são vida e não podem funcionar como projécteis que se arremessam ao inimigo que não os conhece. Se os livros nos dão um certo amadurecimento, "a gente consegue esse amadurecimento também no cabo de uma enxada", (Veríssimo, Erico - Saga, 186).
Não podemos cair na demagogia barata e populista, defendida e apregoada por alguns sectores da sociedade, apologista de que, todos devem tirar cursos superiores, ainda que estes estejam completamente desadequados da realidade nacional, no que toca às necessidades específicas do país, que, em abono da verdade, diga-se que são muitas, e refiro-me aqui, concretamente, às tecnológicas. 

O governo está a pensar fazer uma redução drástica do número de cursos, que proliferam como cogumelos por essas Universidades, Institutos e Escolas Superiores de Educação. Uma avaliação e uma revisão sérias do funcionamento do sistema educativo parecem-me fundamentais e imprenscindíveis, pecam apenas por serem tardias. A reforma educativa terá que ser profunda, incisiva, e terá que se libertar dos poderosos lobbies que controlam a educação em Portugal.
A educação, a aquisição de conhecimento e a cultura nunca serão demais e, que se saiba, nunca fizeram mal a ninguém, no entanto, esses conhecimentos devem ser orientados para se atingirem determinados fins, que devem ir de encontro às necessidades reais do país e dar-lhes resposta. Com a mão no cabo da enxada ou com o cabo da enxada na mão, o importante é cavar... cavar... cavar... para que, o país, se torne mais produtivo e competitivo!
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