Avançar para o conteúdo principal

Carvalho da Forca



"Plantado na Praça do Município, este exemplar arbóreo foi finalmente classificado como de alto valor ecológico, paisagístico, cultural e histórico

É um dos emblemas mais característicos da vila de Montalegre que viu finalmente ser-lhe reconhecido o seu alto valor patrimonial. Falamos do "Carvalho da Forca" (espécie Quercus robur L.), erguido na Praça do Município (em frente ao edifício da Câmara Municipal).
O projecto camarário Ecomuseu de Barroso coordenou o processo de classificação do carvalho, como "Árvore de Interesse Público". Este processo teve o seu término e o facto foi publicado por aviso da Direcção Geral de Florestas, no Diário da República, II série, nº 14, de 19 de Janeiro de 2006.
Sublinhe-se que o carvalho foi cenário e testemunha passiva do último enforcamento em Montalegre (enforcado José Fernandes Begueiro) o qual decorreu no ano de 1844, facto relatado por Álvares Pereira no caderno cultural - 3 "O último enforcado de Barroso".
Deste modo, no passado dia 21 de Março, foi colocada uma placa junto ao "Carvalho da Forca", a qual permite à população e possíveis visitantes reconhecer este exemplar arbóreo como "Árvore de Interesse Público"."


Antes de mais os parabéns ao Ecomuseu pela coordenação do processo.
Para eventuais interessados, gostaria de acrescentar que, qualquer pessoa singular ou entidade podem propor à DGF a classificação de árvores - mas, para isso há que ter em conta vários pressupostos: as árvores propostas têm que ser notáveis, estar de boa saúde, e não apresentar danos provocados por maus-tratos (podas, por exemplo) ou acidentes e, para além destes aspectos, o seu proprietário tem que concordar com a classificação.
Estes aspectos poderão sempre ser aprofundados aqui.

Tal como o "Carvalho da Forca", também, outros carvalhos, nomeadamente os da zona envolvente do Castelo de Montalegre, poderiam ser objecto de outras propostas de classificação, mas para que tal acontecesse não poderiam ter sido sujeitos à poda bárbara que lhes deferiram num passado recente. No caso de uma árvore classificada, uma poda semelhante é motivo suficiente para a mesma ser desclassificada, facto que também é dado a conhecer em aviso publicado no Diário da República. Esta desclassificação advém do facto da poda ter sido de tal forma que a árvore perdeu as características base que tinham levado à sua classificação de interesse público. Veja-se o exemplo:


Vale sempre a pena desfrutar da sombra de uma árvore com história. E, o "Carvalho da Forca", para além da magnitude e beleza do seu porte é uma árvore que ostenta história.

Comentários

  1. Anónimo5.4.06

    É sem duvida um monumento.
    Também gostaria de saber quem foi o iluminado que se lembrou de levar a cabo as ditas podas.E pronuncio no plural , porque o mesmo aconteceu ,alem dos ditos carvalhos do castelo, a uma, mais recente, mas lindissima "Tilieira" existente na praça do Municipio.
    ...O velhinho carvalho da foraca também não saíu ileso.
    Para a proxima tenham um pouco mais de cuidado P.f.

    ResponderEliminar
  2. Anónimo13.4.06

    os carvalhos do castelo deviam incomodar algem

    ResponderEliminar
  3. Anónimo2.5.06

    gostomuntodocarvalhodaforcasoépena
    naoestaraindanoactivo

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Leia antes de fazer o seu comentário:
- Os comentários do blog são moderados e serão colocados online após constatação de que estão de acordo com o assunto do post.
- Comentários ofensivos serão removidos.
- Não coloque links no comentário para divulgar o seu blog ou site, basta utilizar o OpenID no momento de enviar o comentário e o seu link ficará gravado.
- Os comentários não reflectem a opinião do autor.

Mensagens populares deste blogue

Sobre a governação do concelho... e a (re)(re)(re)candidatura

Pessoalmente, considero que estão reunidos todos os motivos para podermos considerar o candidato do PS um mau candidato. É óbvio que esta opinião tem base de sustentação porque é perfeitamente perceptível o seu desempenho, tantos são os anos de governação. Primeiro: não se vislumbra, nem com muito esforço, qualquer estratégia governativa ou de desenvolvimento. Para onde quer levar o concelho? Quais são os aspectos estruturantes de desenvolvimento sustentável e sustentado? Se existem, não consigo percebê-los, estarão escondidos em qualquer estratagema, como tantos outros... Poderão, os menos atentos, referir o turismo ou o nome de Montalegre. Pois! Certo é que o nome da região é bastante mais conhecido, não menos certo que há muitas pessoas que visitam o concelho... Mas quais são as consequências mais amplas que estes fluxos efectivamente têm no desenvolvimento? E o que de verdadeiro poderemos oferecer-lhes além da beleza natural? Segundo: algumas da bandeiras de governação não passam

Origem do nome "Montalegre" - A Lenda

"Conta-se que o rei, para castigar o comportamento condenável de um fidalgo, não arranjou melhor castigo (ou mais severo), do que desterrá-lo para Montalegre (que teria outro nome), por largo período de tempo. Cumprida a pena, mandou o desterrado aparelhar o cavalo para partir. Quando o criado lho apresentou para que montasse, o fidalgo mete o pé no estribo e diz para quem foi apresentar despedidas: “ Monto, e monto alegre ”. Isto, diz a lenda e terá sido a origem do actual nome da vila - Montalegre ”. PR: wait... I: wait... L: wait... LD: wait... I: wait... wait... Rank: wait... Traffic: wait... Price: wait... CY: wait... I: wait... YCat: wait... I: wait... Top: wait... I: wait... L: wait... C: wait...

Lendas de Montalegre e Barroso

Lenda da Ponte da Misarela "Legado exuberante do imaginário popular, construído de estórias e memórias de origem obscura, narradas e acrescentadas ao longo de anos e séculos, e fortemente ligado a crenças religiosas, com seus temores, terrores, profissões de fé e ânsias de protecção divina, as lendas constituem um vasto e fascinante espólio cultural do nosso país. O Norte português é especialmente rico no que ao lendário respeita, numa sarabanda fantasmática de espectros e almas penadas, duendes e princesas cativas, lobisomens e potes de ouro escondidos. No Barroso, muitas são as lendas passadas de geração em geração, mas a mais notória de todas será a da Ponte da Misarela, em que, como em tantos outros casos acontece, o protagonista é o diabo. O próprio, em pessoa. Localizado na aldeia de Sidrós, na freguesia de Ferral, concelho de Montalegre o cenário do episódio é a velha Ponte da Misarela, sobre o Rabagão, cujas margens penhascosas surgem belas a uns e horríveis a outros, co