Depauperada pela acção de sucessivos governos, outras entidades e inépcia dos vários autarcas responsáveis, o Concelho de Montalegre, bem como a região de que faz parte, Trás-os-Montes e Alto Douro, tem vindo a perder atractividade. A agricultura, salvo raras e honrosas excepções, faliu; o comércio, a cada dia que passa, perde dinamismo; os serviços, prestados aos poucos cidadãos que por cá se mantêm, são poucos e de qualidade duvidosa; a indústria, salvo excepção aqui e ali, é miragem; o turismo, qual máquina desafinada cuja produtividade é pouco mais que ruído, representa quase nada; a especulação imobiliária, construção e aluguer, é incompreensível pela sobrevalorização dos espaços; as acessibilidades, quase terceiro-mundistas; o trabalho, se preferirem emprego, independentemente do sector de actividade, do público ou do privado, escasseia, não é qualificado e em muitos casos significa, pela baixa remuneração, viver no limiar da pobreza. O cenário é desolador. Aquilo que está reservado à região, a médio prazo e a continuar a “sangria” migratória, é, tal como tem vindo a suceder no Alentejo, o abandono. Abandono que será aproveitado por “meia dúzia” de “urbanos”, bem sucedidos na vida e a necessitar de descanso, para aumentar o seu pecúlio.
Alterar o estado das coisas é tarefa hercúlea, compete a todos, sobretudo àqueles que desempenham cargos públicos relevantes na região. Os políticos devem estar na primeira linha. Devem unir-se em torno daquilo que lhes é comum e actuar como um só, concertando esforços, agilizando métodos de trabalho, definindo estratégias, elaborando planos, e exigindo, conjuntamente, que o poder central os escute activamente e proceda em conformidade.
Alterar o estado das coisas é tarefa hercúlea, compete a todos, sobretudo àqueles que desempenham cargos públicos relevantes na região. Os políticos devem estar na primeira linha. Devem unir-se em torno daquilo que lhes é comum e actuar como um só, concertando esforços, agilizando métodos de trabalho, definindo estratégias, elaborando planos, e exigindo, conjuntamente, que o poder central os escute activamente e proceda em conformidade.
Regressaremos ao assunto.
É, na verdade é este o "cenário", para utilizar palavras tuas, com o qual nos confrontamos. Porém, é necessário algum optimismo. Caso contrário, estamos de facto condenados à desertificação e, mais importante que tudo, identitariamente, não serão necessários muitos anos ou gerações para que deixe de fazer sentido apregoar o orgulho de ser transmontano ou barrosão. Embora aquilo que dizes seja do conhecimento geral, parabéns pelo facto de pores, com "frontalidade", o nome aos "bois".
ResponderEliminarÉ de facto a realidade deste tempo.
ResponderEliminarTambém sendo do conhecimento geral, não posso concordar, e isto sem qualquer tipo de provincianismo, é quando comparas com o alentejo,pois em minha opinião tem-se degradado muito mais as condições sócioeconomicas na nossa região do que no tão falado alentejo.
É só reparar nas novas plantações de vinha ,algumas horticolas, olivais etc.. etc..e ainda outros recursos, (como os cinegéticos )que já estão a funcionar um pouco á frente do que estamos abituados.
É só reparar.
Cumprimentos Vitór..
Será que o desenvolvimento sócio-económico, de que falas, é fruto da capacidade empreededora dos alentejanos ou de "meia duzia de urbanos" que viram na região a possibilidade de aumentantar um tantinho a sua fortuna pessoal? Claro está que aquilo que uns não querem outros aproveitam.
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