O tema não é novo, muito pelo contrário. Contudo, continua a merecer atenção.
Saddam Hussein foi julgado e, de modo apressado e suspeito, em função da pena aplicada, pena de morte por enforcamento, o mundo inteiro pôde assistir à sua execução. Vergonhoso e indigno, são os adjectivos que nos ocorrem para classificar a barbárie. Não que ele próprio não tenha sido um bárbaro. Cometeu atrocidades, crimes de crueldade tal, que não sabemos, porque somos por princípio contra a pena capital, se não mereceria (se é que há alguém que merece) a sentença que lhe foi ditada. Aquilo que julgamos vergonhoso e indigno, não é a condenação nem aquilo que dela resultou, é o modo como actuaram as autoridades, premeditando o desfecho, negando novo julgamento, recusando os diversos pedidos de clemência, desrespeitando os árabes e muçulmanos de toda a parte (preparados para comemorar uma data para eles muito importante, “Eid El Adha”, a festa do sacrifício). As televisões, passadas poucas horas, a transmitirem para o mundo inteiro as imagens macabras do enforcamento. Inconcebível, um choque ou até mesmo um desastre para a parte da humanidade que investe e educa para o valor da vida.
A esta distância, pese o facto de Saddam Hussein, à luz da cultura, valores ocidentais e dos regimes ditos democráticos (se é que a democracia existe?), ter sido uma figura controversa, tal como todo e qualquer ditador, é legitimo afirmar ter sido cometida uma enorme injustiça para com ele e, sobretudo, para com o povo do país que ele governava. A guerra e invasão exigida por americanos e seus acólitos, a pretexto de que o Iraque possuía no seu arsenal armas de destruição maciça, sendo o seu líder um homem conflituoso e até mesmo perturbado capaz de as usar, punha em causa a paz na região e no mundo, foi, no que às armas é relativo, não um erro, mas uma mentira de consequências dramáticas. Embora Saddam tenha cometido atrocidades injustificáveis, aquela gente, shiítas, sunitas e curdos, vivia num país, embora pelo medo, pacificado. Hoje, reina a desordem, a insegurança. A disputa pelo poder (se é que é o poder que os motiva?) entre as diferentes etnias assumiu proporções incontroláveis. Todos os dias nos chegam relatos acerca do fratricídio de que são vítimas dezenas ou mesmo centenas de pessoas. As promessas de pacificação feitas pelos mentirosos dos “invasores” foram, são e continuarão a ser vãs. Não se vislumbra qualquer possibilidade de que o quotidiano daquele país e das suas gentes regresse à tranquilidade.
Há relativamente pouco tempo o líder dos EUA veio a público reconhecer ter mentido acerca dos motivos que conduziram à guerra. Contudo, fê-lo expiando a culpa na CIA, a qual por sua vez informou ter informado devida e atempadamente o presidente da realidade da situação. Quanto aos outros líderes envolvidos, o discurso mudou. O motivo que tinha estado na origem do sucedido, deixou de ser o Iraque enquanto um país perigoso em resultado do potencial do seu arsenal e transferiu-se para o facto de se tratar de um país sob um regime ditatorial (quantos regimes ditatoriais existem no planeta? Em quantos se interveio militarmente a pretexto de uma mudança de regime?) . Todos hipócritas e todos responsáveis por tudo de mau quanto se passa naquele país, mas sobretudo, pelos milhares de vidas, incluam-se aqui as dos militares dos países aliados, que por lá se perderam e hão-de continuar a perder. Contudo, ao contrário de Saddam, mais nenhum teve que sentar-se, na condição de réu, num banco de tribunal e, principalmente, nenhum deles, há-de ter que cumprir qualquer pena, embora sobre si pudessem e devessem impender acusações semelhantes às feitas ao ditador.
Saddam Hussein foi julgado e, de modo apressado e suspeito, em função da pena aplicada, pena de morte por enforcamento, o mundo inteiro pôde assistir à sua execução. Vergonhoso e indigno, são os adjectivos que nos ocorrem para classificar a barbárie. Não que ele próprio não tenha sido um bárbaro. Cometeu atrocidades, crimes de crueldade tal, que não sabemos, porque somos por princípio contra a pena capital, se não mereceria (se é que há alguém que merece) a sentença que lhe foi ditada. Aquilo que julgamos vergonhoso e indigno, não é a condenação nem aquilo que dela resultou, é o modo como actuaram as autoridades, premeditando o desfecho, negando novo julgamento, recusando os diversos pedidos de clemência, desrespeitando os árabes e muçulmanos de toda a parte (preparados para comemorar uma data para eles muito importante, “Eid El Adha”, a festa do sacrifício). As televisões, passadas poucas horas, a transmitirem para o mundo inteiro as imagens macabras do enforcamento. Inconcebível, um choque ou até mesmo um desastre para a parte da humanidade que investe e educa para o valor da vida.
A esta distância, pese o facto de Saddam Hussein, à luz da cultura, valores ocidentais e dos regimes ditos democráticos (se é que a democracia existe?), ter sido uma figura controversa, tal como todo e qualquer ditador, é legitimo afirmar ter sido cometida uma enorme injustiça para com ele e, sobretudo, para com o povo do país que ele governava. A guerra e invasão exigida por americanos e seus acólitos, a pretexto de que o Iraque possuía no seu arsenal armas de destruição maciça, sendo o seu líder um homem conflituoso e até mesmo perturbado capaz de as usar, punha em causa a paz na região e no mundo, foi, no que às armas é relativo, não um erro, mas uma mentira de consequências dramáticas. Embora Saddam tenha cometido atrocidades injustificáveis, aquela gente, shiítas, sunitas e curdos, vivia num país, embora pelo medo, pacificado. Hoje, reina a desordem, a insegurança. A disputa pelo poder (se é que é o poder que os motiva?) entre as diferentes etnias assumiu proporções incontroláveis. Todos os dias nos chegam relatos acerca do fratricídio de que são vítimas dezenas ou mesmo centenas de pessoas. As promessas de pacificação feitas pelos mentirosos dos “invasores” foram, são e continuarão a ser vãs. Não se vislumbra qualquer possibilidade de que o quotidiano daquele país e das suas gentes regresse à tranquilidade.
Há relativamente pouco tempo o líder dos EUA veio a público reconhecer ter mentido acerca dos motivos que conduziram à guerra. Contudo, fê-lo expiando a culpa na CIA, a qual por sua vez informou ter informado devida e atempadamente o presidente da realidade da situação. Quanto aos outros líderes envolvidos, o discurso mudou. O motivo que tinha estado na origem do sucedido, deixou de ser o Iraque enquanto um país perigoso em resultado do potencial do seu arsenal e transferiu-se para o facto de se tratar de um país sob um regime ditatorial (quantos regimes ditatoriais existem no planeta? Em quantos se interveio militarmente a pretexto de uma mudança de regime?) . Todos hipócritas e todos responsáveis por tudo de mau quanto se passa naquele país, mas sobretudo, pelos milhares de vidas, incluam-se aqui as dos militares dos países aliados, que por lá se perderam e hão-de continuar a perder. Contudo, ao contrário de Saddam, mais nenhum teve que sentar-se, na condição de réu, num banco de tribunal e, principalmente, nenhum deles, há-de ter que cumprir qualquer pena, embora sobre si pudessem e devessem impender acusações semelhantes às feitas ao ditador.
No Iraque os farsantes, interessados no petróleo, arranjaram maneira de se apoderar dele, deixando aquele povo à mercê de fanáticos dispostos a tudo para assumir o poder no país. Igualmente grave é aquilo que se passa com o Irão. O presidente do país passa o tempo a desafiar a comunidade internacional com o enriquecimento de urânio. A comunidade internacional afirma que o irão pretende desenvolver armamento nuclear. Os Iranianos dizem que a coisa só tem fins energéticos. Quem fala a verdade? A juntar a isto existe a questão dos fuzileiros britânicos. Não será este o pretexto que faltava aos ingleses e aos americanos para fazer guerra e invadir mais um pais rico em petróleo? Vamos ver!
ResponderEliminarÉ claro pessoalmente também me parece isso... Petroleo a qualquer custo, e a nessecidade de alimentar a máquina de guerra.
ResponderEliminarE então, já nem se respeitam povos tão antigos como os daquela zona !!!
Eles que até inventaram a escrita!..
Grande prenda aquela que os iranianos deram aos ingleses. 15 fuzileiros, tudo homens duros e bem preparados, só diziam aquilo que os iranianos queriam. Homens assim é que fazem falta. Quanto a uma possível guerra, adiam-se as coisas por mais uns tempos.
ResponderEliminarÉ impressão minha, ou havia aqui outro comentário?
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