«“Patrocinar fiascos não vale a pena”, justificou Rodrigues, referindo-se à fraca participação de público no ano passado, o primeiro em que a entrada foi paga.» São palavras que podem ler-se no Semanário Transmontano na edição desta semana, entre outras coisas também engraçadas.
Sem estar na posse de dados concretos absolutos no momento, posso assegurar que na terceira edição do Celtirock estiveram mais espectadores a ver e ouvir os espectáculos do que em qualquer outra das edições anteriores. A principal causa para não ter estado mais público não foi com certeza a decisão da bilheteira. Além disso, contam-se pelos dedos as pessoas que foram ao recinto e não entraram porque havia um bilhete de cinco euros. Assim, se a terceira edição é apelidada de fiasco, poderá esta classificação ter outros fundamentos que não o número de espectadores.
«Fernando Rodrigues queria que a iniciativa fosse integrada no programa de festas concelhias, por entender que só dessa forma tinha “viabilidade”.» diz ainda a notícia.
As instituições devem perceber, se assim entenderem, que a viabilidade de eventos desta natureza não deve ter como principal intuito ser veículo de visibilidade política. O tipo de cartaz que as festas do concelho apresentam e a sua organização não têm qualquer tipo de relação com um festival da natureza do que se tem vindo a desenvolver. Eu compreendo que não interesse à Câmara apoiar um evento cultural que não dá votos. Compreendo também que considere um desperdício de dinheiro o muito significativo apoio financeiro que facultou à organização nas duas primeiras edições, uma vez que tem outros "investimentos" para o desperdiçar - imaginarão as pessoas que terão sido largos milhares de contos os investidos no festival. Compreendo inclusivamente a vontade de, por apoiar financeiramente, pretender ter todo o poder de decisão sobre as coisas, mesmo sabendo que há realidades que desconhecemos e em que não devemos ter actuação directa. Compreendo muita coisa, sem compreender tudo, todavia. Provavelmente, sem o Celtirock, nunca se teriam ouvido em Montalegre bandas de tanta qualidade... Mas Montalegre não quer!
Um evento musical como este, organizado apenas pelo gosto pela música e pelo interesse cultural e social que pode acarretar, preparado com muito sacrifício mesmo quando a Câmara o apoiou, merecia outra postura da parte desta instituição. Diria ainda que, se Vilar de Perdizes fosse no Concelho de Montalegre, a Câmara continuaria a apoiar com os valores que se propunha para a sede. A proximidade da Galiza dá à aldeia um estatuto tão fronteiriço que é quase do lado de lá.
O Celtirock é em Vilar de Perdizes onde a organização foi recebida de braços abertos. Será grande nas condições que existem, com o apoio de quem quer apoiar.
Atendendo à perspectiva que se percebe das palavras atribuídas pelo Semanário Transmontano ao Senhor Presidente da Câmara para "fiasco", há muito dinheiro desperdiçado em fiascos sucessivos e a um nível que não é comparável com o "fiasco" do Celtirock. Ainda assim, tudo com "viabilidade".
Termino com a referência ao facto de não ter qualquer procuração da organização do Celtirock para estas considerações que são da minha exclusiva responsabilidade. Encontramo-nos em Vilar para fiascar (que quer dizer estar no fiasco), ouvir boa música e sentir o palpitar raiano nos frios de Novembro.
Sem estar na posse de dados concretos absolutos no momento, posso assegurar que na terceira edição do Celtirock estiveram mais espectadores a ver e ouvir os espectáculos do que em qualquer outra das edições anteriores. A principal causa para não ter estado mais público não foi com certeza a decisão da bilheteira. Além disso, contam-se pelos dedos as pessoas que foram ao recinto e não entraram porque havia um bilhete de cinco euros. Assim, se a terceira edição é apelidada de fiasco, poderá esta classificação ter outros fundamentos que não o número de espectadores.
«Fernando Rodrigues queria que a iniciativa fosse integrada no programa de festas concelhias, por entender que só dessa forma tinha “viabilidade”.» diz ainda a notícia.
As instituições devem perceber, se assim entenderem, que a viabilidade de eventos desta natureza não deve ter como principal intuito ser veículo de visibilidade política. O tipo de cartaz que as festas do concelho apresentam e a sua organização não têm qualquer tipo de relação com um festival da natureza do que se tem vindo a desenvolver. Eu compreendo que não interesse à Câmara apoiar um evento cultural que não dá votos. Compreendo também que considere um desperdício de dinheiro o muito significativo apoio financeiro que facultou à organização nas duas primeiras edições, uma vez que tem outros "investimentos" para o desperdiçar - imaginarão as pessoas que terão sido largos milhares de contos os investidos no festival. Compreendo inclusivamente a vontade de, por apoiar financeiramente, pretender ter todo o poder de decisão sobre as coisas, mesmo sabendo que há realidades que desconhecemos e em que não devemos ter actuação directa. Compreendo muita coisa, sem compreender tudo, todavia. Provavelmente, sem o Celtirock, nunca se teriam ouvido em Montalegre bandas de tanta qualidade... Mas Montalegre não quer!
Um evento musical como este, organizado apenas pelo gosto pela música e pelo interesse cultural e social que pode acarretar, preparado com muito sacrifício mesmo quando a Câmara o apoiou, merecia outra postura da parte desta instituição. Diria ainda que, se Vilar de Perdizes fosse no Concelho de Montalegre, a Câmara continuaria a apoiar com os valores que se propunha para a sede. A proximidade da Galiza dá à aldeia um estatuto tão fronteiriço que é quase do lado de lá.
O Celtirock é em Vilar de Perdizes onde a organização foi recebida de braços abertos. Será grande nas condições que existem, com o apoio de quem quer apoiar.
Atendendo à perspectiva que se percebe das palavras atribuídas pelo Semanário Transmontano ao Senhor Presidente da Câmara para "fiasco", há muito dinheiro desperdiçado em fiascos sucessivos e a um nível que não é comparável com o "fiasco" do Celtirock. Ainda assim, tudo com "viabilidade".
Termino com a referência ao facto de não ter qualquer procuração da organização do Celtirock para estas considerações que são da minha exclusiva responsabilidade. Encontramo-nos em Vilar para fiascar (que quer dizer estar no fiasco), ouvir boa música e sentir o palpitar raiano nos frios de Novembro.
ainda gostava de saber para onde vão as verbas da cultura da camara municipal de montalegre, devem ir para o futebol clube de montalegre qeu este sim nao é fiasco, mas enfim, o festival sem patrocinio ainda tem mais valor.
ResponderEliminarforça, ainda ha gente que faz alguma coisa pela terra que tem tanto de belo como de analbafetização as precendencias foram e são complicadas em montalegre.
Há patrocinar e patrocinar, se o gaijo não queria dar muito, dava pouco, ao menos uns 1000 ouritos, ou qualquer coisita. Eu acho mal que não se apoiem estas coisas, só tenho pena de não poder ir, não me importava nada de dar os 5 ouritos e gastar a gasolina de Boticas a Vilar. Quem me dera poder ir!
ResponderEliminarNão tens procuração, mas parece...
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