De acordo com as notícias publicadas (Sol, O Primeiro de Janeiro , Semanário Transmontano e outros) a reunião havida entre o ministro da saúde e os autarcas da Associação de Municípios do Alto Tâmega, revelou-se, senão de todo, quase de todo infrutífera.
Aceitar receber os Autarcas parece ter sido, por parte do senhor ministro, um gesto de intencionalidade duvidosa, não visando mais do que possibilitar que os ânimos arrefecessem. Desengane-se senhor ministro. Não parece ser intenção dos ditos autarcas e das populações que representam, dar esta discussão por terminada.
Conscientes de que a pouca importância atribuída à região pelo poder central se prende, fundamentalmente, com o facto de, à partida, não se ganharem nem perderem eleições com os poucos votos por aqui escrutinados, não se pretende dar de barato a perda de direitos, tal como os serviços de proximidade, que assistem, por direito, às populações que na região residem.
São por de mais conhecidas as politicas de desinvestimento na zona. Concentrar para poupar, ainda que a desfavor das populações, é palavra de ordem. Um rebuçado aqui, um biscoito ali, e os governantes convencem-se de que mais não é necessário.
Fartos de tanto perder, é chegada a hora de dizer basta. Se se permitir mais a perda deste serviço, a desclassificação das urgências de Chaves e o encerramento das urgências de Vila Pouca de Aguiar, outras hão-de suceder-lhe. No passado, tendo em consideração a realidade que melhor conhecemos, a de Montalegre, verificou-se que, de perda em perda e tendo como critério exclusivo a rentabilidade económica, serviços como os prestados pela PT, pela EDP, Pela antiga Rodoviária Nacional e outros, foram, nos primeiros dois casos, deslocalizados para Chaves, causando transtornos graves aos mais diferentes níveis para a população do Concelho. No caso dos transportes, os itinerários, de tão reduzidos que foram, não permitem, e penso não estar a exagerar as contrariedades, ir ao Porto e voltar no mesmo dia. No presente, o encerramento e desclassificação das urgências hospitalares. No futuro, as fusões dos serviços locais de finanças , dos serviços locais do Ministério do Trabalho e da Segurança Social, dos tribunais e até mesmo das escolas, concentrando tudo em Vila Real e vetando os demais concelhos, sobretudo o nosso, à precaridade.
Não. O preço que se paga pela interioridade já é demasiado elevado. Não somos cidadãos de segunda, cumprimos com as nossas obrigações e temos que fazer valer os nossos direitos. A proximidade dos serviços, e serviços de qualidade, é um deles e é inalienável. Pelo que, em vez de deixar que nos retirem o pouco que temos, devemos unir-nos, fazendo valer as nossas necessidades e, mais que isso, os nossos direitos constitucionalmente consagrados.
Este governo na pessoa do senhor ministro, homem de ideias fixas mas nem sempre correctas, demonstra-se mal informado e, talvez por isso, prestes a cometer a injustiça de deixar cerca de 80.000 pessoas sem os cuidados de saúde adequados a que, como qualquer outro cidadão das grandes urbes ou do litoral, têm direito. Segundo ele, terminado o troço da A24 que liga Chaves a Vila Real, ou seja, resolvido o problema das acessibilidades, procede-se à desclassificação das urgências de Chaves. O senhor ministro não vive concerteza no mesmo país que nós. Se vive, ele, tal como as pessoas que realizaram o estudo que fundamenta a sua tomada de posição, desconhecem por completo não só a realidade geográfica da região, bem como a realidade social. Ao contrário daquilo que por ele é pretendido, o serviço de urgências de Chaves, bem como todos os outros espalhados por este país, deveriam, em vez de desclassificados ou encerrados, ver os seus recursos humanos e materiais melhorados, visando a excelência no atendimento, no diagnóstico e nos cuidados prestados. As assimetrias de meios existentes na saúde de região para região, são, na nossa óptica, um dos factores que mais a encarece. Redistribuam-se os recursos humanos, dotem-se, quando necessário, as unidades hospitalares e centros de saúde de equipamento adequados, e tal investimento há-de resultar, a médio prazo em poupanças significativas. Mas mais que isso, mais equidade no que ao direito à saúde é relativo. Ter saúde é sinónimo de qualidade de vida e a vida é aquilo que todos mais prezamos.Senhor ministro, as decisões por si tomadas, hão-de concerteza custar mais vidas do que aquelas que seria irremediável perder. E é nisso que nós, apesar de poucos e não querendo pela via do acesso precário à saúde ser menos, não podemos consentir.
Aceitar receber os Autarcas parece ter sido, por parte do senhor ministro, um gesto de intencionalidade duvidosa, não visando mais do que possibilitar que os ânimos arrefecessem. Desengane-se senhor ministro. Não parece ser intenção dos ditos autarcas e das populações que representam, dar esta discussão por terminada.
Conscientes de que a pouca importância atribuída à região pelo poder central se prende, fundamentalmente, com o facto de, à partida, não se ganharem nem perderem eleições com os poucos votos por aqui escrutinados, não se pretende dar de barato a perda de direitos, tal como os serviços de proximidade, que assistem, por direito, às populações que na região residem.
São por de mais conhecidas as politicas de desinvestimento na zona. Concentrar para poupar, ainda que a desfavor das populações, é palavra de ordem. Um rebuçado aqui, um biscoito ali, e os governantes convencem-se de que mais não é necessário.
Fartos de tanto perder, é chegada a hora de dizer basta. Se se permitir mais a perda deste serviço, a desclassificação das urgências de Chaves e o encerramento das urgências de Vila Pouca de Aguiar, outras hão-de suceder-lhe. No passado, tendo em consideração a realidade que melhor conhecemos, a de Montalegre, verificou-se que, de perda em perda e tendo como critério exclusivo a rentabilidade económica, serviços como os prestados pela PT, pela EDP, Pela antiga Rodoviária Nacional e outros, foram, nos primeiros dois casos, deslocalizados para Chaves, causando transtornos graves aos mais diferentes níveis para a população do Concelho. No caso dos transportes, os itinerários, de tão reduzidos que foram, não permitem, e penso não estar a exagerar as contrariedades, ir ao Porto e voltar no mesmo dia. No presente, o encerramento e desclassificação das urgências hospitalares. No futuro, as fusões dos serviços locais de finanças , dos serviços locais do Ministério do Trabalho e da Segurança Social, dos tribunais e até mesmo das escolas, concentrando tudo em Vila Real e vetando os demais concelhos, sobretudo o nosso, à precaridade.
Não. O preço que se paga pela interioridade já é demasiado elevado. Não somos cidadãos de segunda, cumprimos com as nossas obrigações e temos que fazer valer os nossos direitos. A proximidade dos serviços, e serviços de qualidade, é um deles e é inalienável. Pelo que, em vez de deixar que nos retirem o pouco que temos, devemos unir-nos, fazendo valer as nossas necessidades e, mais que isso, os nossos direitos constitucionalmente consagrados.
Este governo na pessoa do senhor ministro, homem de ideias fixas mas nem sempre correctas, demonstra-se mal informado e, talvez por isso, prestes a cometer a injustiça de deixar cerca de 80.000 pessoas sem os cuidados de saúde adequados a que, como qualquer outro cidadão das grandes urbes ou do litoral, têm direito. Segundo ele, terminado o troço da A24 que liga Chaves a Vila Real, ou seja, resolvido o problema das acessibilidades, procede-se à desclassificação das urgências de Chaves. O senhor ministro não vive concerteza no mesmo país que nós. Se vive, ele, tal como as pessoas que realizaram o estudo que fundamenta a sua tomada de posição, desconhecem por completo não só a realidade geográfica da região, bem como a realidade social. Ao contrário daquilo que por ele é pretendido, o serviço de urgências de Chaves, bem como todos os outros espalhados por este país, deveriam, em vez de desclassificados ou encerrados, ver os seus recursos humanos e materiais melhorados, visando a excelência no atendimento, no diagnóstico e nos cuidados prestados. As assimetrias de meios existentes na saúde de região para região, são, na nossa óptica, um dos factores que mais a encarece. Redistribuam-se os recursos humanos, dotem-se, quando necessário, as unidades hospitalares e centros de saúde de equipamento adequados, e tal investimento há-de resultar, a médio prazo em poupanças significativas. Mas mais que isso, mais equidade no que ao direito à saúde é relativo. Ter saúde é sinónimo de qualidade de vida e a vida é aquilo que todos mais prezamos.Senhor ministro, as decisões por si tomadas, hão-de concerteza custar mais vidas do que aquelas que seria irremediável perder. E é nisso que nós, apesar de poucos e não querendo pela via do acesso precário à saúde ser menos, não podemos consentir.
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