A pretexto do último comentário deixado no post por nós publicado sob o título “Do passado e, quiçá, do presente”, devemos dizer que ilustra, grosso modo, aquilo que se passa com as nomeações governamentais; já lá vão vinte e não sei quantas mil, acerca das quais, não tomando a parte pelo todo, muito haveria que dizer. Porém, as palavras deixadas por Eça, são plenas de sentido e de sagacidade intemporal. Tal como na sua época, preferindo, “Hoje tal como ontem”, o “compadrio” está instalado.
O país está Mergulhado na maior crise de desemprego dos últimos anos. Ainda assim, Marx continua lamentavelmente actual, as elites, porque continua a haver elites, não têm que se preocupar, pese o discurso de que somos todos iguais e temos as mesmas oportunidades, com o futuro dos seus descendentes. Está naturalmente garantido, pelo privilégio, independentemente do conhecimento ou do mérito, de ser filho(a) de A ou B.
Segundo noticia do Expresso Emprego, com data de 17/02/2006, “dados do INE, em Portugal, 1,5 milhão de postos de trabalho – cerca de 28% de um total de 5,1 de empregos existentes no terceiro trimestre de 2005 – foram conseguidos com recurso a contactos pessoais e por intermédio de pessoas conhecidas. Adelino Maltez ... chama-lhe o sistema da cunhocracia. ...” Concordamos com o termo, aliás nosso conhecido, estamos em crer que uma parte significativa dos referidos 28% é relativa às Marias e aos Antónios, filhos dos A e dos B, mas discordamos do número avançado, dado julgar-mos ser superior. Mais, tais dados, pese não deixarem dúvidas, poderiam, qualitativa e quantitativamente, no que aos descendentes dos A e dos B é relativo, ser mais esclarecedores. Poderiam, por exemplo, sem que isso significasse devassar a vida de ninguém, dado tratar-se de números, indicar-nos, no caso dos de maior idade, qual a média de idades, o grau académico que possuem, quais os cargos que ocupam e de que salários auferem, independentemente de estarem colocados na administração pública ou no sector privado, de modo a que se pudesse estabelecer o paralelo entre os ditos e os restantes outros. Ou seja, de modo a que se pudessem comparar, em igualdade de circunstâncias, os cargos por eles ocupados e os salários por eles auferidos com os cargos e salários, ou falta deles, dos restantes outros que reúnam as mesmas condições, exceptuando o berço.
Infelizmente, vivemos num país no qual, por aproximação com os países subdesenvolvidos, ainda não se diagnosticaram quais os males de que padece. Um deles, de entre muitos outros, prende-se com o facto de ainda estar enraizada a cunhocracia e mal se conhecer o significado da palavra mérito. Segundo “Adelino Maltez... meritocracia quer apenas significar a necessidade de uma sociedade onde o poder é exercido pelos melhores, por aqueles que têm mais talento e que o obtêm pela competição e pela selecção, não pela herança ou pela pertença, a uma determinada classe, mas antes como consequência do princípio de igualdade de oportunidades.
O país está Mergulhado na maior crise de desemprego dos últimos anos. Ainda assim, Marx continua lamentavelmente actual, as elites, porque continua a haver elites, não têm que se preocupar, pese o discurso de que somos todos iguais e temos as mesmas oportunidades, com o futuro dos seus descendentes. Está naturalmente garantido, pelo privilégio, independentemente do conhecimento ou do mérito, de ser filho(a) de A ou B.
Segundo noticia do Expresso Emprego, com data de 17/02/2006, “dados do INE, em Portugal, 1,5 milhão de postos de trabalho – cerca de 28% de um total de 5,1 de empregos existentes no terceiro trimestre de 2005 – foram conseguidos com recurso a contactos pessoais e por intermédio de pessoas conhecidas. Adelino Maltez ... chama-lhe o sistema da cunhocracia. ...” Concordamos com o termo, aliás nosso conhecido, estamos em crer que uma parte significativa dos referidos 28% é relativa às Marias e aos Antónios, filhos dos A e dos B, mas discordamos do número avançado, dado julgar-mos ser superior. Mais, tais dados, pese não deixarem dúvidas, poderiam, qualitativa e quantitativamente, no que aos descendentes dos A e dos B é relativo, ser mais esclarecedores. Poderiam, por exemplo, sem que isso significasse devassar a vida de ninguém, dado tratar-se de números, indicar-nos, no caso dos de maior idade, qual a média de idades, o grau académico que possuem, quais os cargos que ocupam e de que salários auferem, independentemente de estarem colocados na administração pública ou no sector privado, de modo a que se pudesse estabelecer o paralelo entre os ditos e os restantes outros. Ou seja, de modo a que se pudessem comparar, em igualdade de circunstâncias, os cargos por eles ocupados e os salários por eles auferidos com os cargos e salários, ou falta deles, dos restantes outros que reúnam as mesmas condições, exceptuando o berço.
Infelizmente, vivemos num país no qual, por aproximação com os países subdesenvolvidos, ainda não se diagnosticaram quais os males de que padece. Um deles, de entre muitos outros, prende-se com o facto de ainda estar enraizada a cunhocracia e mal se conhecer o significado da palavra mérito. Segundo “Adelino Maltez... meritocracia quer apenas significar a necessidade de uma sociedade onde o poder é exercido pelos melhores, por aqueles que têm mais talento e que o obtêm pela competição e pela selecção, não pela herança ou pela pertença, a uma determinada classe, mas antes como consequência do princípio de igualdade de oportunidades.
O nosso primeiro ministro também faz parte da comandita. Não sei como nem porquê, mas cheira-me que o homem está metido numa grande confusão. Esperemos que se investigue a situação até ao fim e que a haver tramoia os resposávweis sejam devidamente punidos. Afinal trata-se de um ou mais crimes.
ResponderEliminarSeguno consta, Armando Vara recebeu o Grau de licenciado exactamente no dia em que ia tomar posse de um cargo qualquer de chefia, numa institição do estado. É só tacharia.
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