Agradado, mas não completamente satisfeito, com a notícia da manutenção do serviço de urgências de Chaves, é agora altura de reivindicar mais e melhores recursos humanos e materiais.
O hospital de Chaves bem como muitos outros, tal como se reflecte pelos baixos índices de confiança dos utentes nos serviços prestados, encontra-se desde sempre a funcionar de modo precário. Dotado de somente algumas valências, verifica-se que mesmo essas, funcionam de modo pouco eficaz por falta de meios.
Descentralizar os recursos, afectos aos serviços do estado, de modo a facilitar o acesso à saúde, é política imperativa e exige, dado o interesse instalado, coragem para, em primeira instância, rever a carreira médica, cujos profissionais, parece e por comparação com as outras carreiras profissionais, têm demasiados direitos e privilégios e muito poucos deveres ou obrigações.
Ser-se médico, de acordo com o juramento por eles feito, o de Hipócrates, deveria implicar espírito de missão. Contudo, aquilo que se constata é que a esmagadora maioria dos profissionais da área não passam de mercenários ao serviço de uma causa, de risco nulo, cujo fito é o enriquecimento individual. Não discordamos do facto de que devam ser bem pagos. Afinal está em causa aquilo que mais se preza. No entanto, tal como é sabido grande parte dos serviços por eles prestados só funcionam fora do horário de serviço normal. Ou seja, quando os médicos estão em serviço extraordinário, pelo qual são pagos a peso de ouro. Incompreensível, tal como o facto de a Ordem dos médicos se opor, algo que, segundo parece, existe a intenção de contrariar, ao aumento da formação de novos médicos, com o objectivo de proteger o emprego e o salário. A factura do proteccionismo governamental para com o plano da referida Ordem é agora paga e, sobretudo, sentida por todos. No interior do país e ao contrário daquilo que sucede em todas as outras carreiras profissionais onde prolifera o desemprego, Chaves e Montalegre servem de exemplo, não pára de aumentar o número de médicos estrangeiros para suprir as vagas que os nacionais não querem porque não precisam.
Portugal é um dos países europeus que mais gasta na saúde em função do rendimento per capita. O número de médicos e até enfermeiros por habitante é superior ao da média europeia. Pese isto, a qualidade dos serviços prestados, ao que parece, é bem pior.
Num segundo momento, ao contrário daquilo que se pretende fazer, centralizar os serviços, muitos deles já sobredimensionados, entendemos ser necessário formar novos médicos; requalificar os espaços, hospitais e centros de saúde existentes, dotando-os dos recursos necessários à optimização dos serviços a prestar; se necessário, criar novas unidades, visando maior proximidade serviço – utente e, forçosamente, desmembrar unidades que pela sua dimensão são difíceis ou mesmo impossíveis de gerir. Por esta via, a médio prazo, perspectivando o futuro e, quiçá, deixando de parte a necessidade imediata de controlar custos para reduzir a despesa pública, obeter-se-iam resultados que proporcionassem maior equidade no acesso à saúde, melhor atendimento e, muito provavelmente, uma diminuição global da despesa com a saúde.
O hospital de Chaves bem como muitos outros, tal como se reflecte pelos baixos índices de confiança dos utentes nos serviços prestados, encontra-se desde sempre a funcionar de modo precário. Dotado de somente algumas valências, verifica-se que mesmo essas, funcionam de modo pouco eficaz por falta de meios.
Descentralizar os recursos, afectos aos serviços do estado, de modo a facilitar o acesso à saúde, é política imperativa e exige, dado o interesse instalado, coragem para, em primeira instância, rever a carreira médica, cujos profissionais, parece e por comparação com as outras carreiras profissionais, têm demasiados direitos e privilégios e muito poucos deveres ou obrigações.
Ser-se médico, de acordo com o juramento por eles feito, o de Hipócrates, deveria implicar espírito de missão. Contudo, aquilo que se constata é que a esmagadora maioria dos profissionais da área não passam de mercenários ao serviço de uma causa, de risco nulo, cujo fito é o enriquecimento individual. Não discordamos do facto de que devam ser bem pagos. Afinal está em causa aquilo que mais se preza. No entanto, tal como é sabido grande parte dos serviços por eles prestados só funcionam fora do horário de serviço normal. Ou seja, quando os médicos estão em serviço extraordinário, pelo qual são pagos a peso de ouro. Incompreensível, tal como o facto de a Ordem dos médicos se opor, algo que, segundo parece, existe a intenção de contrariar, ao aumento da formação de novos médicos, com o objectivo de proteger o emprego e o salário. A factura do proteccionismo governamental para com o plano da referida Ordem é agora paga e, sobretudo, sentida por todos. No interior do país e ao contrário daquilo que sucede em todas as outras carreiras profissionais onde prolifera o desemprego, Chaves e Montalegre servem de exemplo, não pára de aumentar o número de médicos estrangeiros para suprir as vagas que os nacionais não querem porque não precisam.
Portugal é um dos países europeus que mais gasta na saúde em função do rendimento per capita. O número de médicos e até enfermeiros por habitante é superior ao da média europeia. Pese isto, a qualidade dos serviços prestados, ao que parece, é bem pior.
Num segundo momento, ao contrário daquilo que se pretende fazer, centralizar os serviços, muitos deles já sobredimensionados, entendemos ser necessário formar novos médicos; requalificar os espaços, hospitais e centros de saúde existentes, dotando-os dos recursos necessários à optimização dos serviços a prestar; se necessário, criar novas unidades, visando maior proximidade serviço – utente e, forçosamente, desmembrar unidades que pela sua dimensão são difíceis ou mesmo impossíveis de gerir. Por esta via, a médio prazo, perspectivando o futuro e, quiçá, deixando de parte a necessidade imediata de controlar custos para reduzir a despesa pública, obeter-se-iam resultados que proporcionassem maior equidade no acesso à saúde, melhor atendimento e, muito provavelmente, uma diminuição global da despesa com a saúde.
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