MONTALEGRE de José Dias Baptista, que venho a ler deliciado há algum tempo nos momentos possíveis, pareceu-me um bom cartaz do concelho, com utílimas informações sobre os mais diversos aspectos da vida barrosã. O retrato do concelho e das suas tradições transparece nas palavras e na selecção fotográfica, que me pareceu muito boa. Não deixando, no entanto, esta obra de assumir, aqui e ali, uma perspectiva demasiadamente propagandística compreensível mas, por vezes, algo incoerente. Apresentar, por exemplo, o título Dinamização Económica e um fotografia de uma prova na pista automóvel, na minha opinião é incoerente. De qualquer maneira, isto não é mais do que uma perspectiva pessoal que em nada belisca o belo trabalho do autor e dos fotógrafos.
Transcrevo neste espaço algumas palavras:
"A vila é hoje uma pequena metrópole de vigoroso comércio, de indústrias incipientes mas estáveis e objecto de procura
turística invejável. São já famosas as suas principais feiras (dos Santos, do Prémio, do Fumeiro, da Vitela), as festas concelhias
do Senhor da Piedade, o Festival do Cabrito e diversos outros eventos culturais como congressos de medicina, de arqueologia,
de etnologia, de folclore e Medicina Popular. Já que se fala em festas cumpre recordar que até ao século dezanove a maior
festa da vila foi a São Frutuoso, na sua humilde capelinha, a caminho do Larouco.
Haverá sempre quem faça críticas mas, esses, normalmente não fazem nada para não serem criticados...Como diz o nosso povo:
É sina de Portugal
Comer bem e dizer mal." (p. 129)
Ao que parece há gente que continua a conviver mal com a crítica... Sem perceber que faz parte de todo um processo de construção.
Depois deste pequeno comentário que não poderia passar em claro, aconselho, naturalmente a leitura do livro a quem não o fez ainda, pelo interesse turístico e cultural que transporta.
Literariamente, continuem com Cornos da Fonte Fria...
Transcrevo neste espaço algumas palavras:
"A vila é hoje uma pequena metrópole de vigoroso comércio, de indústrias incipientes mas estáveis e objecto de procura
turística invejável. São já famosas as suas principais feiras (dos Santos, do Prémio, do Fumeiro, da Vitela), as festas concelhias
do Senhor da Piedade, o Festival do Cabrito e diversos outros eventos culturais como congressos de medicina, de arqueologia,
de etnologia, de folclore e Medicina Popular. Já que se fala em festas cumpre recordar que até ao século dezanove a maior
festa da vila foi a São Frutuoso, na sua humilde capelinha, a caminho do Larouco.
Haverá sempre quem faça críticas mas, esses, normalmente não fazem nada para não serem criticados...Como diz o nosso povo:
É sina de Portugal
Comer bem e dizer mal." (p. 129)
Ao que parece há gente que continua a conviver mal com a crítica... Sem perceber que faz parte de todo um processo de construção.
Depois deste pequeno comentário que não poderia passar em claro, aconselho, naturalmente a leitura do livro a quem não o fez ainda, pelo interesse turístico e cultural que transporta.
Literariamente, continuem com Cornos da Fonte Fria...
1. Edição de luxo;
ResponderEliminar2. Fotografias boas (algumas excelentes);
3. Textos genericamente pobrezinhos, com etnocentrismo exacerbado e anacrónico.
Conclusão: mais uma oportunidade desperdiçada...
Etnocentrismo
ResponderEliminarEtnocentrismo é uma atitude na qual a visão ou avaliação de um grupo social sempre seria baseada nos valores adotados pelo seu grupo, como referência, como padrão de valor. Trata-se de uma atitude discriminatória e preconceituosa. Basicamente, encontramos em tal posicionamento um grupo étnico considerar-se como superior a outro.
Não existem grupos superiores ou inferiores, mas grupos diferentes. Um grupo pode ter menor desenvolvimento tecnológico (como, por exemplo, os habitantes anteriores aos europeus que residiam nas Américas, na África e na Oceania) se comparado a outro mas, possivelmente, é mais adaptado a determinado ambiente, além de não possuir diversos problemas que esse grupo "superior" possui.
A tendência do homem nas sociedades é de repudiar ou negar tudo que lhe é diferente ou não está de acordo com suas tendências, costume e hábitos. Na civilização grega, o bárbaro, era o que "transgredia" toda a lei e costumes da época; este termo é, portanto, etimologicamente semelhante ao selvagem na sociedade ocidental.
Incluem-se aqui as pessoas que observam as outras culturas em função da sua propria cultura, tomando-a como padrão para valorizar e hierarquizar as restantes. Daí resulta incompreensão em relação aos aspectos das outras culturas, incluindo
* Xenofobia
* Racismo
Não estarás a exagerar, etnocêntrico?
ResponderEliminarE ele quem é o home? Tem os pulsos grossos!
ResponderEliminarMeu caro Etnocêntrico:
ResponderEliminarMuito obrigado pela dissertação.
Só é pena que o livro em causa não esteja escrito nestes moldes...
bós botende co... quer dezer deixendebos de tetas e enfiende o material logo na co...na cousa! nada de rodeos. ele so home sacha milhor cos outros deixendeo sachar. ele inte se diz etnocentrico. deixendeo ser, dendelhe espaço, ele que diserte pra aí à bontade
ResponderEliminarLi o livro, tenho algumas imagens (autorizadas pela Câmara Municipal de Montalegre) no meu blog e considero-o excelente (ponto final).
ResponderEliminarTenho também um sítio modesto, onde vou publicando uns "gatafunhos" sobre Montalegre, a minha terra: www.livrodeagua.blogspot.com
Para juntar a esta e outras vozes que se vão levantando, acabo de escrever um romance cuja acção decorre no meu país barrosão, no início da década de 40.
Um abraço ao meu amigo Baptista
Ora bem!
ResponderEliminarÉ com grande satisfação que encontro este blog,em que se fala de Montalegre,nao nasci nessa terra...mas a minha infância foi passada na Vila da Ponte...onde conclui os exames da 4ªclasse e admissão,fiz a 1ª comunhão e crisma.Ao fim de 43 anos,tive o prazer de passar uns dias que me souberam a pouco,e tive o privilégio de me aconchegar na casa" Batista"..onde recordo a minha infância ,serões nos tempos de férias de seus filhos,na altura frequentando a faculdade outros na primária tal como eu...
Gente a quem eu devo a amizade que sempre dedicaram á minha familia,ida do sul,uma vez que meu pai,era topógrafo na Barragem de Pisões(HICA).
Foi com muita emoção...que passei pelas mesmas ruas...junto ás vacas...aos lameiros...aos moinhos e ponte mediéval...
a emoçao de encontrar ainda amigas de escola...e de brincadeiras...
O olhar as serras brancas de neve...
Tanta coisa me relembrou esta Vila da Ponte!!!...o recordar de histórias contadas por gentes que infelizmente já não estão entre nós...
Ao José Batista...um Bem Haja...pelo seu trabalho nas obras publicadas, algumas das quais tive o prazer de ler e de as ter na minha biblioteca...e é com pessoas que se interessam pelas suas gentes costumes e culturas que podemos enriquecer... os nossos conhecimentos.
Um Abraço ao Meu Amigo Batista