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Fonte Velha


Há muitos anos que não ia à Fonte Velha de Padroso... Chamou-me lá a nostalgia de outros tempos... Apeteceu-me rever alguns lugares que marcaram a minha infância e olhar novamente para a casa dos meus avós, agora fechada e com o lume apagado.

Mas quero falar da Fonte Velha... Desconheço a sua história, mas procurá-la-ei... Desconheço se há algo de lendário a ela associado...

Todavia, tem qualquer coisa de especial... É a Fonte Velha como todos na aldeia a conhecem.
Surpreendeu-me ainda a presença do caneco... Lembro-me da Fonte Velha com um caneco... Provavelmente, não aquele mas um muito parecido e marcado, da mesma forma, pelo descuido de mãos mais distraídas ou mais trémulas, à procura de um qualquer benefício das águas ou de matar a sede simplesmente.






Um ou dois meios quartilhos e um valente aaaahhhh!











A Fonte Velha fica no fundo da aldeia, talvez a centena e meia de metros do, chamemos-lhe assim,perímetro urbano. E o caminho que nos leva até lá, e lá termina é, pasmem, em cimento...
Em cimento... Como em cimento são os arruamentos da parte baixa da aldeia.
Será possível justificar uma coisa destas de forma convincente? Falar-me-ão nos custos ou no tempo que demora a fazer uma calçada... Se queremos um concelho turístico temos que tratar as nossas aldeias com o devido valor e por igual.

Dir-me-ão, com certeza, que
há aldeias que têm mais habitantes, que têm mais potencialidades turísticas, que podem despertar um maior interesse dos turistas... Se não procurarmos atribuir a todas elas um valor significativo, primeiramente em termos humanos e depois em termos turísticos, arriscamo-nos, cada vez mais, a ver aumentar a desertificação já muito preocupante.

Padroso é uma belíssima aldeia a descobrir, com alguns pontos de interesse e, sobretudo, com pessoas de uma enorme afabilidade.

Visitem o site www.padroso.com.


Comentários

  1. Anónimo17.2.06

    Nostalgia- Arremedo do passado e das incongruências do futuro.
    Apesar de efémera a nossa passagem, deixa marcas indeléveis, que ficam como selos "adeternum", algumas com algum significado,outras como representações do quão vandalos podemos e conseguimos ser.
    Na perspectiva da maioria (grupo preponderante) as necessidades vitais e preponderantes são as do momento, as que enchem o olho de orgulho, enchem o peito, elevam a moral, justificam inaugurações e consequente foguetório, como que uma pequena pausa para o que se segue e , o que se segue é exactamente o mesmo do que acabou e nunca deveria ter começado.
    Estarão a pensar os meus caros amigos:
    - será que teriamos que parar no tempo, para este ficar satisfeito?
    E,"eu" digo:
    - depende do ponto de vista e, da perspectiva em que se colocarem, na minha simples e singela opinião o tempo não se esvai no signicado etimológico,antes franqueia o umbral do porvir e do devir,sacode-nos da jactancia e transporta-nos na sua incomensurável via, em que o aquilo a que vulgarmente apelidamos de pontos de orientação, devanecem e definham naquilo que somos.

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