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Agora é a água... dos indígenas

A questão da privatização da água é assunto velho... Todos estamos fartos de lhe conhecer os contornos e os interesses subjacentes.
E Montalegre não foi excepção. Por cá, optou-se pelo caminho mais fácil e, seguramente, o mais lesivo para o município, em meu entender. Dir-me-ão que a água terá mais qualidade. É desculpa! Não digo que piore a qualidade da água, como é óbvio. Mas é desculpa! A água tem qualidade e tem de ser analisada atempada e devidamente para chegar ao consumidor em perfeitas condições! Com ou sem privatização! Acarreta menos custos a privatização, é certo. Alguém investe e daí retira os devidos lucros! Acarreta menos custos para a gestão política, que poderá, dessa forma, utilizar as verbas em qualquer outra aplicação... A troco da água, afinal!
Na distribuição, na prática, no caso de Montalegre, existem ainda algumas condicionantes por explicar e que estão directamente relacionadas com a dimensão do concelho e com as suas características geomorfológicas. Vamos ter freguesias com água que é da competência de privados e água que é da competência da entidade gestora municipal? Águas em alta e águas em baixa? O tratamento da água será o mesmo? Os valores serão os mesmos? E as aldeias/freguesias que nem sequer dispõem de contadores e que têm água que consideram "própria"? Estas e outras questões serão respondidas com o tempo. Considero, no entanto, que não será o tempo a dar-lhes as respostas mais convenientes.
Todavia, o principal problema não são os valores a pagar pela água! Não tenhamos ilusões. O principal problema são os valores! Os valores! O principal problema é o valor da água, universal, cuja concessão/rentabilização é entregue de mão beijada. Tudo se paga, é certo. Mas há sempre quem tenha mais e menos benefícios. É uma questão de solidariedade? Em relação a quem?
Provavelmente, este assunto ficaria algo mais esclarecido se conhecessem os accionistas, os administradores, os directores, entre outros, destas sociedades anónimas/empresas. Perceber-se-iam, provavelmente, as pressões que há alguns anos se vêm gerando, até à generalização das acções, no sentido da privatização.
E, claro está, há indígenas que percebem as acções, mas não as compreendem e não têm de concordar, simplesmente! Nem com o que se faz e, muito menos, com o que apenas se diz ou se esconde. Fogo há, mas não se vê o fumo. Todo.
Como disse, estas e outras questões serão respondidas com o tempo. Considero, no entanto, que não será o tempo a dar-lhes as respostas mais convenientes.
Entretanto, vamos esperando pelo Esconjuro não apenas da Queimada... Que las hay, las hay! É sexta-feira 13! Dia de tradição em Montalegre! Festeje-se!

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