De uma ideia quase peregrina, nasce uma verdadeira romaria.
Bruxos, bruxas, fogos e archores, um ambiente propício e uma encenação caricata e está feita uma festa de impacte mediático e turístico.
Se a memória me não atraiçoa, A Noite das Bruxas é um evento que teve a sua primeira efectivação em 2002. A associação ao Congresso de Medicina Popular, relacionado também a bruxarias e feitiços, trouxe-lhe alguma visibilidade. E aí está um outro carnaval fora de tempo, o Aluin Barrosão.
Sem desconsiderar o impacte turístico que este tipo de organizações pode efectivamente ter, e tem, está visto, questiono o facto de não se centrarem mais as atenções em realidades verdadeiramente tradicionais. Porque, se a Noite das Bruxas é já um evento marcante, nada tem de tradicional, embora pareça que sim... E fica Montalegre associada, muito pela força exterior do Congresso de Medicina Popular, a bruxas e bruxarias, que nada têm de marcante na cultura barrosã. Montalegre, terra das bruxas. Apesar de persistirem, como em todas as regiões, algumas marcas de crenças no oculto, não é este um traço de forma alguma determinante.
Entretanto, vivam as bruxas e os bruxedos. Seremos, cada vez mais, uma terra de fumeiro, de chegas de bois e de bruxaria. O resto é paisagem. Esplêndida, por sinal.
jose: viva pedro e parabéns por este blog e quanto ás bruxas é claro que o que interessa aos "lordes" de montalegre é o dinheiro fácil nao é o esforço em recuparar velhas tradiçoes da regiao. as bruxas foram criadas claro está para o senhor padre fontes ter umas noites cheias em mourilhe e para se venderem umas sopas a preço de ouro. Mas claro o povo gosta, são bonitos os enfeites e o fogo de artificio, mas dinheiro para uma guia em pitoes das junias nao existe entre outras coisas. E tambem pelos vistos as bruxas vao ser no masmarracho do multiusos é para lhe dar algum uso, ja que nao existe sala de cinema.
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